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Alegria não é euforia: é presença nas pequenas coisas

Alegria é um tema que mexe comigo, lá atrás quando era uma garota de 15 anos era uma garota alegre e tão alegre que ao fazer serviços de banco para minha mãe (naquela época tínhamos que ir ao banco, hoje nem sei onde fica minha agência), era chamada de garota sorriso. “Olha só quem chegou, a menina que vive sorrindo!” Depois de algum tempo me perdi desta alegria e não percebi, anos depois ao me dar conta do valor perdido, fui em busca dela. Não era mais tão fácil encontrá-la, ela parecia perdida para sempre. A alegria não está na esquina, nem em um objeto querido, ela é uma virtude como diz o Dr. Edward Bach, e precisamos construí-la dentro de nós.

Vivemos em busca de algo que nos faça vibrar, uma notícia boa, um reconhecimento, uma realização que nos tire do comum. Confundimos muitas vezes esse estado de excitação com a verdadeira alegria. Mas será que alegria é isso mesmo? Um pico de euforia que logo se dissipa, deixando um silêncio que parece vazio?

A alegria autêntica não grita, nem precisa de plateia. Ela é sutil, quase tímida. Chega no toque do vento na pele, no café que aquece as mãos, na gargalhada que brota sem esforço. É diferente da euforia, que exige intensidade, movimento, espetáculo. A alegria verdadeira nasce do estar inteiro, presente, disponível, simples.

A correria do dia a dia, a cobrança por produtividade e a avalanche de estímulos nos empurram para longe desse estado. Queremos sentir mais, viver mais, produzir mais e, sem perceber, perdemos a capacidade de simplesmente ser. E quando o ser se esconde, a alegria também se esconde com ele.

Este artigo é um convite para você redescobrir a alegria como um retorno, não como uma conquista. Ela não está em outro lugar, nem em outro tempo. Está aqui, agora, nas pequenas coisas que você talvez tenha aprendido a não notar. Vamos juntos relembrar como senti-la?

Alegria como estado de presença, não de performance

Vivemos tempos em que a alegria virou espetáculo. Espera-se que ela venha com fogos de artifício, com risadas amplificadas, com fotos perfeitas postadas nas redes sociais. Criou-se uma cultura da felicidade performática. Sabe aquela que precisa ser mostrada para ser validada? Uma alegria que só parece real quando vem acompanhada de conquistas visíveis, aplausos e curtidas.

Mas e a alegria que ninguém vê? Aquela que brota em silêncio, sem plateia, sem filtro, sem necessidade de aprovação? Essa é a alegria que cura. A alegria que não grita, mas preenche. Ela não exige performance, apenas presença.

Estar inteiro num momento simples pode ser mais transformador do que qualquer comemoração barulhenta. Sentir o calor de um chá entre as mãos num dia frio. Fechar os olhos por um instante e deixar o sol tocar o rosto. Ouvir o canto de um pássaro e sorrir por dentro. Ver um gesto de gentileza e sentir o coração se aquecer. Nesses instantes, a vida nos sussurra: a alegria está aqui.

Essa alegria não pede esforço, mas atenção. Ela floresce quando desaceleramos o passo e escutamos o que está vivo dentro e ao redor de nós. É um estado de comunhão com o agora, simples, mas profundamente real.

Por que desaprendemos a sentir alegria nas pequenas coisas?

Em algum ponto da caminhada, muitos de nós desaprendemos a sentir alegria nas pequenas coisas. Não foi de propósito, foi um efeito colateral de viver em um mundo que valoriza mais o fazer do que o ser, mais o ter do que o sentir.

Somos constantemente pressionados a produzir, conquistar, mostrar resultados. Desde cedo, aprendemos que é preciso “ser alguém”, alguém com metas, com sucesso visível, com respostas para tudo. E nesse corre-corre por reconhecimento e validação, passamos a ignorar os momentos silenciosos e aparentemente “inúteis” que antes nos encantavam.

Além disso, a comparação constante nas redes sociais mina a espontaneidade da alegria simples. Quando vemos vidas editadas, alegrias coreografadas e conquistas exibidas em tempo real, é fácil acreditar que a felicidade verdadeira é grandiosa, perfeita e constante e que, se não a temos assim, há algo errado conosco.

O ritmo acelerado também contribui. A mente vai de tarefa em tarefa, de preocupação em preocupação. Tudo se torna urgente demais. Não há pausa para o espanto diante de um pôr do sol, nem tempo para sentir o perfume do café com calma. Quando o agora vira apenas um degrau para o próximo compromisso, a alegria das pequenas coisas perde seu lugar.

Desaprender a sentir essa alegria foi, talvez, um mecanismo de sobrevivência num mundo que exige demais. Mas é possível reaprender, foi para mim. Porque a alegria verdadeira não nos abandonou, apenas foi silenciada. E ela espera, pacientemente, que olhemos de novo para o simples com olhos descansados.

Alegria como prática: como cultivá-la no cotidiano

A alegria, diferente da euforia, não precisa de grandes eventos para existir. Ela é como uma flor delicada que brota quando há espaço, presença e um pouco de cuidado diário. Em vez de esperar por momentos extraordinários, podemos cultivar pequenas alegrias que se revelam no ordinário e isso é uma prática.

Começa com algo simples: respirar conscientemente ao acordar. Sentir o ar entrando e saindo do corpo, ainda na cama, é um gesto de reencontro consigo. É lembrar que estamos vivos e só isso já é motivo de gratidão.

Durante o dia, registrar três momentos bons, por menores que sejam, nos ajuda a treinar o olhar para o que nutre. Um sorriso inesperado, uma frase bonita, o sabor de uma fruta. Quando nomeamos o que nos fez bem, criamos um mapa interno de pequenos encantos.

Outra prática é caminhar com atenção plena, sem o celular nas mãos, deixando os sentidos se abrirem: o som dos passos, o vento no rosto, as cores do caminho. Caminhar assim é mais do que se mover é habitar o momento.

Ouvir uma música e deixar o corpo sentir, seja em forma de dança ou apenas fechando os olhos, é outro convite à alegria espontânea. O corpo sabe expressar o que a mente às vezes não dá conta.

E talvez uma das práticas mais potentes seja a mais esquecida: estar com alguém sem distrações. Presença inteira em uma conversa, em um abraço, em um silêncio compartilhado. Quando estamos verdadeiramente com o outro, algo se alinha por dentro.

Alegria é presença, e presença se cultiva. Com gestos pequenos, feitos com intenção. Não se trata de uma técnica para “ficar feliz o tempo todo”, mas de abrir espaço para que a alegria, que já vive em nós, tenha por onde florescer.

A diferença entre alegria e felicidade idealizada

Vivemos cercados por imagens de uma felicidade idealizada, como se ela fosse um troféu que só se conquista ao atingir certas metas: o emprego perfeito, o relacionamento dos sonhos, o corpo desejado, a casa impecável. Essa “felicidade-condição” cria uma espera constante. Sempre falta algo. Sempre é “quando eu conseguir tal coisa, então serei feliz”.

A alegria, por outro lado, não precisa de conquistas. Ela não é uma linha de chegada, é uma vibração que nasce do estar, não do ter.

Enquanto a felicidade idealizada está lá na frente, em algum ponto ainda inalcançado, a alegria vive no agora. Ela se manifesta no instante em que nos permitimos estar inteiros. Um raio de sol entrando pela janela, o cheiro de café pela manhã, o som da chuva caindo, e existe alegria no som da chuva, são momentos em que a alma sorri sem que ninguém veja.

Pense numa criança brincando sozinha: ela não está preocupada em parecer alegre, nem em provar que é feliz. Ela está simplesmente ali, presente, curiosa, contente. É esse tipo de alegria que perdemos com o tempo e que podemos, com ternura, reaprender a sentir.

A alegria verdadeira não é uma exigência, nem um espetáculo. Ela é uma experiência sutil, real e viva. Está disponível agora, para quem decide parar, respirar e sentir.

O corpo como guia da alegria simples

O corpo é sábio. Ele não precisa de palavras para dizer quando algo está bem ou não. Quando estamos presentes de verdade, o corpo responde com suavidade: os ombros relaxam, o ar entra mais fundo, os músculos deixam de estar em prontidão. Há uma leveza silenciosa que nos toma por dentro. É como se o corpo dissesse: “agora sim, você voltou pra casa.”

A alegria simples mora aí, não nos excessos, mas na sintonia entre corpo, mente e coração. Ela não precisa de espetáculo, apenas de presença.

É por isso que práticas corporais suaves são portais tão potentes para a alegria serena.
A meditação nos ancora no momento.
O toque consciente seja um auto-abraço, um cafuné ou um toque gentil nas mãos, traz acolhimento e pertencimento.
A respiração profunda dissolve tensões.
O silêncio nos conecta com a alma, sem ruídos, sem pressa.

Perceba: quando você dança sem se preocupar com o ritmo, quando anda descalço sentindo o chão, quando se espreguiça com prazer ao acordar, há uma alegria ali, sutil, espontânea, natural.

É o corpo celebrando a vida do jeito mais puro: simplesmente estando.

Quando escutamos o corpo com respeito e atenção, ele nos mostra o caminho de volta para o centro. E muitas vezes, esse centro é feito de pequenas alegrias que estavam à nossa espera o tempo todo.

Alegria é um retorno, não uma conquista

A alegria não é algo que se corre atrás, é algo que se reencontra. Ela não está no fim de uma grande jornada, mas muitas vezes na soleira da porta, naquele instante em que decidimos olhar com presença para a vida.

Aprendemos, pouco a pouco, a ignorar essa alegria silenciosa. Colocamos metas, criamos exigências, cobramos motivos. Mas a alegria, a mais verdadeira, não precisa de grandes acontecimentos. Ela floresce no simples, no agora, no corpo relaxado e na alma em paz.

O Dr. Edward Bach, médico e filósofo cujas ideias continuam ecoando com profundidade, via a alegria como uma virtude internadesvinculada de fatos ou conquistas externas. Para ele, a alegria era uma forma de olhar para a vida, uma conquista do ser que brota quando nos alinhamos com quem realmente somos. Tudo o que exploramos neste artigo reflete essa visão: a alegria como um estado natural, um direito de alma, uma expressão da essência.

E você? Qual foi a última vez que sentiu alegria por algo simples?
Um cheiro, um riso, uma luz na parede?

Hoje, escolha parar por um instante. Só estar. Só sentir.

A alegria talvez te encontre ali, no silêncio entre um pensamento e outro, no espaço que se abre quando você se permite apenas ser.

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Ana Cristina Rezende

Writer & Blogger

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1 Comentário

  • Tais

    Que delícia de conteúdo! O cheiro do café me faz sorrir inconscientemente. Bjo

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Terapeuta

Encontrar nosso eixo, nossa serenidade e nossa razão de viver é tão importante quanto se alimentar, beber água e amar. E tudo isto, junto e misturado é bem-estar.

Hoje, com o Evolução Serena, quero compartilhar essa sabedoria e ajudar você a encontrar o seu próprio caminho de bem-estar. 

Vamos juntos criar um espaço onde a energia, o equilíbrio e o autocuidado sejam as bases para uma vida plena e vibrante.

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