Por que tantas mulheres, mesmo fortes, inteligentes e amorosas, carregam dentro de si uma sensação de que precisam fazer mais, ser mais, sofrer mais para só então, quem sabe, se sentirem merecedoras?
Essa é uma ferida silenciosa, mas presente. E neste texto, não vamos colocar curativos rápidos. Vamos respirar fundo e olhar com coragem para as raízes dessa dor, não para nos afundar nela, mas para nos libertar dela.
A herança invisível da autonegação
Desde cedo, muitas de nós aprendemos que amor se prova com sacrifício.
Vimos mães, avós e mulheres próximas se doando até a exaustão. Servindo, cuidando, calando suas próprias dores. A mensagem passada, mesmo que com amor, foi clara: quem ama, se anula. Quem é boa, não incomoda. Quem é digna, sofre em silêncio.
Essa herança não se guarda em álbuns de família. Ela se esconde nos pequenos gestos do cotidiano: quando nos colocamos por último. Quando dizemos “sim” querendo dizer “não”. Quando sentimos culpa por descansar. Quando não conseguimos receber um elogio sem rebater.
As vozes internas que limitam
Talvez você tenha crescido ouvindo frases como:
- “Seja boazinha.”
- “Não faça isso, vão pensar mal de você.”
- “Você quer tudo? Cuidado com o orgulho.”
Essas frases se transformam em crenças inconscientes que ecoam pela vida adulta: “Eu preciso merecer.”
“Eu ainda não sou suficiente.”
“Não fiz o bastante para ter tudo isso.”
Assim nasce a mulher que realiza, mas não celebra. Que cuida, mas não se cuida. Que ama, mas não se sente amada por si.
A armadilha do perfeccionismo emocional
Muitas mulheres confundem merecimento com perfeição.
Acham que só serão dignas de descanso quando tiverem dado conta de tudo. Só poderão amar seu corpo quando ele mudar. Só se permitirão prazer quando forem “exemplares” em todos os papéis.
Mas o amor próprio não chega depois da conquista. Ele é o solo fértil onde o florescer acontece.
A cultura da comparação e da autoexigência
Vivemos em uma sociedade que exibe vidas editadas, conquistas perfeitas e sorrisos plastificados.
É fácil cair na armadilha de achar que só merecemos quando estivermos no mesmo ritmo. Mas essa comparação constante nos distancia do que é mais verdadeiro: a nossa própria história, com os nossos próprios tempos.
O corpo também fala sobre merecimento
A falta de merecimento não é só emocional, ela também se manifesta fisicamente.
Mulheres que não se sentem dignas de descanso vivem cansadas.
Que não se sentem dignas de afeto vivem com o peito apertado.
Que não se sentem dignas de existir plenamente vivem em alerta constante.
A autossabotagem tem sintomas: tensão crônica, insônia, ansiedade, dores inexplicáveis, crises emocionais.
O corpo, sábio e sensível, revela aquilo que a mente não quer ouvir: você está se abandonando tentando dar conta de tudo.
E se o merecimento fosse o ponto de partida, e não a recompensa?
Aqui está a mudança profunda: você não precisa fazer nada para merecer.
Não precisa se provar, se desgastar, se transformar.
Você já é.
Você já veio inteira.
O merecimento não é um troféu para ser conquistado — é um direito que precisa ser lembrado.
Caminhos para reaprender a se sentir merecedora
- Prática da escuta amorosa: Preste atenção ao que você diz para si mesma.
- Rituais de reconexão: Tome um banho consciente. Escreva cartas de perdão para si.
- Faça pausas intencionais.
- Florais de Bach: Para desbloquear culpas, medos e fortalecer o autoamor.
- Afirmações diárias: “Eu sou merecedora de descanso, afeto e alegria.”
- Terapia e autoconhecimento: Para resgatar a mulher que você é, além dos papeis que te ensinaram a cumprir.
Você não precisa se doer para valer
Merecer não deveria doer.O mundo precisa de mulheres inteiras, não exaustas. Presentes, não perfeitas. Conscientes, não culpadas.
Comece pequeno. Um gesto. Um limite. Uma escolha mais amorosa.
E se pergunte: o que muda quando você se trata como alguém que merece?
Spoiler: tudo.
Fiz um ebook: Mereço, Sim: 8 Caminhos Para Curar a Dor de Acreditar Que Não Sou Digna
Um reencontro com a mulher que você sempre foi – antes da culpa, da comparação, do silêncio e do medo.
Este e-book é um convite profundo e amoroso para curar uma ferida invisível, mas muito comum: a sensação de não merecer ser amada, vista ou valorizada simplesmente por ser quem é.
Ao longo de 8 capítulos transformadores, você será guiada por reflexões potentes, práticas terapêuticas, rituais simbólicos e afirmações curativas que integram psicologia, espiritualidade e autocompaixão.
Cada capítulo revela uma causa que te afastou do seu próprio valor – e oferece um caminho real, acessível e respeitoso de cura.
Você vai aprender a:
- Curar crenças antigas e padrões herdados
- Lidar com a autocrítica e o perfeccionismo
- Se libertar da comparação e da validação externa
- Celebrar sua luz, sua história e sua humanidade
- Reconectar-se com o Feminino Sagrado que pulsa em você
Esse e-book é mais que leitura. É um reencontro.
Porque você não precisa fazer mais nada para merecer.
Você já é.
E isso basta.
Para receber, o link está na bio do meu Instagram: @terapeutaanacris
Mereço, Sim. E você também.
